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Por que não devemos chamar a orca de baleia

  • marceloszpilman
  • 24 de abr. de 2024
  • 1 min de leitura

No inicio desse mês assisti a um vídeo na internet mostrando um grupo de orcas no litoral do Rio de Janeiro. No áudio, escuta-se claramente alguém gritando: ”olha as baleias”.

 

Quando escuto alguns termos sendo usados de forma errada sinto uma comichão para aclará-los, como já ocorreu com a típica confusão entre peçonha e veneno (artigo anterior).

 

Depois de ver muita gente embaralhando os nomes dos cetáceos, e chamando a orca de baleia, me senti, mais uma vez, compelido a esclarecer a questão. Se você é um dos que patina nesse tema, preste atenção.

 

A ordem dos cetáceos (da classe dos mamíferos) é dividida em dois grandes grupos: o grupo dos cetáceos com dentes (Odontocetos) e o grupo dos cetáceos sem dentes (Mysticetos).

 

No grupo dos cetáceos com dentes, temos, por exemplo, a orca, os golfinhos e botos, o cachalote, o narval e a beluga. Por se alimentarem de peixes, lulas e até mamíferos marinhos (no caso da orca), as espécies desse grupo precisam dos dentes para segurar essas presas, que encontram através da eco localização.

 

No grupo dos cetáceos sem dentes é que estão as baleias. Elas não têm dentes, mas possuem as famosas barbatanas (cerdas bucais) que peneiram e retêm o alimento engolido (zooplâncton e pequenos peixes e crustáceos) em grandes goladas de água na superfície.

 

Da mesma forma que seria muito estranho, e errado, chamar o golfinho de baleia, aprenda que orca é orca, cachalote é cachalote, beluga é beluga e baleia é baleia.

 

Mais uma dica: a forma correta de se ler o termo habitat é “habitá” com “t” mudo, e não “habitati”.



 
 
 

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